Reportagem

Centenário de Mário Soares. Sessão solene evocativa na Assembleia da República

por Mariana Ribeiro Soares, Ana Sofia Rodrigues, Carlos Santos Neves - RTP

O centenário de Mário Soares, fundador do Partido Socialista e figura central do Portugal democrático, foi esta sexta-feira assinalado na Assembleia da República. O presidente da República lembrou o "político singular" e o percurso do antigo chefe de Estado, que "marcou tudo ou quase tudo o que foi decisivo em Portugal". Acompanhámos aqui, ao minuto, a sessão solene evocativa.

Emissão da RTP3


José Sena Goulão - Lusa

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Centenário de Mário Soares. "Era um homem que gostava de divergência"

Foto: José Sena Goulão - Lusa

O diretor de Informação da RTP, António José Teixeira, analisou a sessão solene evocativa de Mário Soares, no centenário do nascimento do fundador do PS e antigo presidente da República.

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Terminou a sessão solene

Termina assim a sessão solene que homenageou o histórico dirigente socialista Mário Soares. A sessão foi encerrada com o hino nacional.
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"Mário Soares esteve e marcou tudo o que foi decisivo em Portugal", diz Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa tem a última palavra nesta sessão solene de homenagem a Mário Soares.

O presidente da República destacou quatro qualidades de Soares: “a paixão pela política como obrigação cívica e entrega total desde a adolescência até ao fim da sua vida, a coragem física e psíquica ilimitada, visão antecipadora do futuro, o poder sedutor de mobilizar nas ruas como na revolução e de aproximar o poder das pessoas como na Presidência da República”.

“Entre os anos 40 do século XX e a viragem do século, Mário Soares esteve e marcou tudo ou quase tudo o que foi decisivo em Portugal”, disse Marcelo, lembrando que Soares “criou um partido alternativo à ditadura”.

“Com o pluralismo próprio da democracia, ele foi singular”, disse o chefe de Estado, afirmando que “sem Soares não seria possível uma sessão evocativa como a de hoje, livre”.

“Portugal, que não esquece os maiores e os melhores de cada tempo, não esqueceu, não esquece e nunca esquecerá Mário Soares”, concluiu, sendo aplaudido de pé pelas bancadas do PSD e do PS.

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Presidente da Assembleia da República diz que Soares "não foi fixe", "é fixe" e não é uma "figura histórica"

José Pedro Aguiar-Branco diz que Soares não é uma figura histórica. "é bem presente, está presente em tudo o que fazemos". O presidente da Assembleia revelou que há umas semanas foi iniciado o processo para ter pronto em 2025 um busto de Mário Soares na Assembleia da República. O presidente da Assembleia da República afirmou que o antigo chefe de Estado Mário Soares é figura do presente, antecipou as respostas ao populismo e polarização política, acreditando que o parlamento era solução e não problema.

O Presidente do parlamento que este é o segundo político a ser homenageado na AR. O primeiro foi Sá Carneiro, em 1990, e era o próprio Soares presidente da República na altura.

Aguiar Branco lembrou as lutas de Soares, o sentido de humor, o "exacerbado sentido de Estado" e considerou que nunca foi homem de "contradições", considerando que ele se deslocava "em função do que achava ser o melhor para o país".

"Fez tudo para garantir o equílibro", afirmou, elogiando os esforços de Soares para conseguir o país que idealizava. "Sem inflexibilidades, sem intransigências", acrescentou o presidente da Assembleia da República.

Lembrou as palavras de Soares, aplicando-as ao contexto político atual, de que o Parlamento não podia ser o problema, "tem de ser a solução".

"Concordemos ou não, Soares nunca deixou de assumir todas as suas decisões e as consequências das mesmas", reiterou. "Uma boa prática que foi caindo em desuso nos nossos tempos", considerou José Pedro Aguiar-Branco.

"É nossa responsabilidade preservar a capacidade de sentar todos na mesma sala para que se entendam nos seus desentendimentos, para que concordem discordando, para que sejam iguais nas suas diferenças. Preservar este seu legado não é uma questão de estima pessoal. É uma necessidade do próprio sistema político" desta nossa democracia, frisou.

"O que hoje discutimos já Soares tinha antecipado".

Foi aplaudido de pé pelo PS e PSD. Apenas o Chega não bateu palmas.
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"Não podemos escolher o período que mais nos convém" para avaliar Soares, diz Pedro Nuno Santos

Chegou a vez da intervenção de Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, cargo que foi assumido por Mário Soares durante 13 anos.

“Mário Soares era a minha referência política, o político português que mais admirava e com quem mais me identificava”, disse Pedro Nuno Santos.

O secretário-geral do PS recordou as lições que retirou de Mário Soares quando o conheceu pessoalmente em 2005, ano em que se candidatou pela terceira vez a presidente da República.

À época, Pedro Nuno Santos era secretário-geral da juventude socialista e foi convidado para dirigir a campanha jovem da candidatura presidencial de Soares.

“A vida política de Soares vale como um todo e para a avaliar não podemos escolher o período que mais nos convém ou mais nos agrada de acordo com a conjuntura do momento ou da posição que queremos defender”, disse Pedro Nuno Santos, numa crítica velada ao Chega.

“Mário Soares não é um herói do passado, é um herói do futuro”, disse, sublinhando que “Mário Soares viveu a história” e "esteve sempre do lado certo das lutas".

“Nenhum fragmento do seu legado pode ser apropriado de forma seletiva, desligado do todo que foi o seu pensamento e a sua ação ao longo de décadas”, rematou.
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PSD recorda "animal político" que lutou pela liberdade "por convição"

António Rodrigues lembrou Mário Soares como uma "personalidade forte e pouco dada a "consensos", que traçou "linhas vermelhas aos maiores opositores da liberdade". Considerou Soares uma das mais marcantes personalidades das últimas décadas, que mereceu o seu lugar na História e defendeu que Mário Soares seria hoje, como foi no passado, um lutador contra radicalismos e populismos.

Lembrou a luta de Soares, "a par de Sá Carneiro" contra os radicalismos de esquerda e da extrema direita", o europeísta convicto, que "até ao fim dos seus dias serviu Portugal".

"Nunca devemos dar por adquirida a luta iniciada por Mário Soares após o 25 de Abril. A democracia é construída todos os dias", falando do radicalismo que afeta o país neste momento e daqueles que querem tornar "este parlamento uma mera política de espetáculo".

Lembrou as palavras de Soares em 2011 de que a decadência pode sempre acontecer.

Finalizou dizendo que honrar Soares não é concordar com ele, é "defender imperiosamente a liberdade, que se conjuga com estabilidade, seriedade e de saber".

Considerou Soares uma das mais marcantes personalidades das últimas décadas, que mereceu o seu lugar na História, que lutou por causas e não missões.

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Ventura diz que Mário Soares é "cúmplice de um sistema de donos disto tudo"

O presidente do Chega começou por recordar “opapel incontornável do homem que marcou também o 25 de novembro, que nos impediu de ter uma ditadura de sinal contrário, marcada pelo apoio da União Soviética, e pelo homem que deu os primeiros passos na Europa por parte de Portugal”.

No entanto, defendeu de seguida que “esta cerimónia solene desta forma, neste modelo, não devia estar a acontecer”, afirmando que Mário Soares “é também cúmplice e ativista de um sistema de donos disto tudo, que se iniciou à sua sombra e se manteve à sua sombra”.

“À sombra de Mário Soares muitos enriqueceram, por si ou por intermédio. (…) À sombra de Mário Soares criou-se uma cultura de impunidade política que deixa até hoje as suas teias e o seu rasto”, disse André Ventura, tecendo ainda duras críticas ao que diz ter sido “um processo de descolonização desastrosa e desumana”.

“Nenhuma cerimónia evocativa podia algum dia esquecer aquele que é também um legado profundamente negro daqueles que depois do 25 de abril conduziram Portugal, e de que Mário Soares é um dos principais responsáveis”, concluiu.
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IL lembra que Soares esteve em momentos chave "do lado certo"

Coube a Rodrigo Saraiva falar em nome da Iniciativa Liberal. Lembrou no Parlamento a virtudes e defeitos de Mário Soares, mas considerou que nos momentos importantes da História da luta pela Liberdade "esteve mesmo do lado certo".

Refere que Soares mostrou que a extrema-esquerda não tinha o monopólio da luta nas ruas nem da palavra e que a democracia não tem donos.

"Conseguiu ser anticomunista sem deixar de ser anti-fascista", refere. "Foi um democrata" e trouxe a "esquerda para o centro", acrescenta.

Elogiou também o seu papel na integração de Portugal na integração europeia. Criticou algumas características que também lhe ficam a dever, mas pelo mau sentido: o compadrio, o centralismo, o desepesismo, entre outras. "Para estas prometemos continuar a luta", diz.

Lançou ainda críticas ao processo de descolonização e o seu papel no território de Macau.

Lembrou ainda o "prazer enorme de viver" de Soares "que o aproxima de qualquer um de nós".

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BE diz que Soares "merece tudo menos a condescendência da despolitização e do consenso"

José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda, lembra Mário Soares como um homem que “foi sempre marcante, nunca teve medo e nunca se calou”, apelidando-o de “corajoso e livre”.

“Teve os melhores e os piores amigos, venceu e foi derrotado, lutou com convicção, indignou-se e nunca pediu desculpa por ser político e viver a política”, descreve o bloquista.

Soares “merece tudo menos a condescendência da despolitização e do consenso” concluiu.
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PCP lembra a luta antifascista de Soares, mas também os momentos de confronto e a divergência em questões decisivas

António Filipe mostrou reconhecimento pelo papel de Soares na história nacional e a luta antifascista, lutas "comuns" com os comunistas, mas lembrou momentos de confrontos. "Nunca silenciámos a crítica", lembra, dizendo que em questões decisivas pós 25 de Abril, houve divergências.

Recordou ainda as diferenças da visão europeista federalista de Soares e a cooperação institucional e o apoio em 1986 a Mário Soares para Presidente da República.

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Livre: "Mário Soares não é um político do passado, mas do futuro"

Paulo Muacho, deputado do Livre, diz que seria “um desserviço ao próprio Mário Soares se transformarmos esta sessão num ritual ou num exercício de recordação histórica”.

“Mário Soares não é um político do passado, mas do futuro”, disse, lembrando o papel determinante no pedido de adesão à então CEE que liderou em 1986.

“Mário Soares acreditou numa europa unida”, afirmou.

O deputado do Livre destaca ainda que Mário Soares “nunca aceitaria o enxovalhar das instituições, não encolheria os ombros ao ataque a portugueses de minorias étnicas e não aceitaria que se usasse os estrangeiros como botes expiatórios”.
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CDS-PP intervém na sessão. "Em democracia não há inimigos, há adversários", mas lembra a descolonização apressada, desumana e irresponsável

João Almeida lembrou as diferenças profundas entre o partido e Mário Soares, mas considerou que deu um "contributo positivo para a democracia", falando até de apreço sincero e amizade, mas também de erros e virtudes.

No capítulo dos erros, lembrou o que chamou uma descolonização "apressada, desumana e irresponsável".

Evocou um reconhecimento e respeito. "O CDS reconhece o contributo decisivo para a implementação da democracia" em Portugal, reconhecendo sempre a tentativa de equilíbrios com a direita, falando de diferenças neste ponto com o PS de hoje.

João Alemida evocou ainda vários contributos ao longo da história e mesmo na adesão de Portugal à CEE, Comunidade Económica Europeia.

"Mários Soares é uma figura histórica incontornável para os seus opositores e para os seus seguidores", lembra, salientando a coragem nas suas batalhas "que nos deu luta" e que "nos deu luta e que continua a justificar a nossa divergência como o nosso respeito".

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Inês Sousa Real lembra contributo de Mário Soares na luta pelo ambiente

Inês Sousa Real foi a primeira a intervir na Assembleia da República e destacou o papel de Mário Soares na luta pela proteção do ambiente.

“Soares colocou a proteção do ambiente e das futuras gerações no centro do debate político”, disse a deputada do PAN

“Numa altura em que as organizações de defesa do ambiente eram tratadas como radicais, a presidência de Mário Soares não hesitou em dar voz pública às suas reivindicações”, lembrou.

Inês Sousa Real lembrou Mário Soares como “um homem livre, que por vezes em mais difíceis que fossem as circunstâncias, não temeu ir até ao fim do seu pensamento e lutar pela liberdade”.

“A marca única de Mário Soares está no combate à ditadura fascista, na construção de Portugal de abril com uma democracia pluralista”, disse.
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Começa a sessão solene de homenagem a Mário Soares

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Marcelo chega ao Parlamento
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Presidente da República recebido pelo presidente da Assembleia da República

José Pedro Aguiar-Branco deslocou-se ao exterior do Parlamento para receber Marcelo Rebelo de Sousa.
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"Respeito" e "gratidão"
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Luís Montenegro assinala centenário de Mário Soares com artigo na imprensa

O primeiro-ministro expressa "respeito pelo legado político" de Mário Soares, "gratidão pelo contributo para a democracia" e "admiração pela coragem política".

"No centenário de Mário Soares, coincidente com os 50 anos do 25 de Abril, expresso respeito pelo legado político, gratidão pelo contributo para a democracia e admiração pela coragem política", escreve Luís Montenegro no jornal Público, em artigo intitulado "Mário Soares é Democracia e Política".O chefe do Governo sublinha ter crescido a ouvir falar do comício da Fonte Luminosa, no verão de 1975, e recorda o "discurso para a história" por parte de Mário Soares.


"Perante a ameaça totalitária que pairava sobre o caminho para a democracia no nosso país, Mário Soares expressou o sentimento da grande maioria do povo português".

Montenegro destaca a luta de Soares "contra o extremismo, pela democracia, que prevaleceria no 25 de Novembro e ficaria consolidada na Constituição de 1976 e na sua revisão de 1982".

"Nesses anos, com Francisco Sá Carneiro, Ramalho Eanes, Diogo Freitas do Amaral e Álvaro Cunhal, cada um com as respetivas visões e méritos, escreveu as páginas fundadoras e estruturantes da democracia portuguesa", faz notar.

Montenegro acrescenta que nem a distância geracional nem a "evidente diferença ideológica" o impedem de reconhecer o contributo de Mário Soares para a História de Portugal, "designadamente a defesa incansável da liberdade, da democracia, dos direitos humanos e da integração europeia".

"Uma constante ao longo da vida, como advogado, parlamentar, ministro, primeiro-ministro e Presidente da República, que, com elementar justiça, faz dele um dos principais responsáveis pela inscrição daqueles valores no Portugal contemporâneo".

"Foi na chefia do Governo que mais evidenciou pragmatismo, quer em alianças com adversários, quer sacrificando a popularidade e o eleitoralismo perante a necessidade dos dois pedidos de ajuda externa que a realidade impôs e a execução dos respetivos programas que o sentido de responsabilidade determinou. E, mais tarde, no apoio à revisão constitucional de 1989, em que colocou interesses nacionais acima de divergências partidárias e pessoais. Ganhámos todos".

O primeiro-ministro afirma guardar "com elevado valor democrático as amáveis palavras de reconhecimento no desempenho da liderança parlamentar" que lhe dirigiu quando se cruzaram, "por altura do Governo que recuperou Portugal depois do terceiro resgate e que ele tão injustificadamente criticou".

E conclui o artigo a citar Soares com palavras "sempre atuais": "É preciso confiar no povo português. Eu confio no povo português e no génio do povo português. Um povo que tem a história que tem Portugal e que fez aquilo que fez, incluindo a revolução do 25 de Abril, que realizou todos os seus objetivos, um país que consegue ter as melhores relações com África e com as antigas colónias portuguesas. (...) Tenho confiança no futuro de Portugal e dos portugueses. Sempre tive".
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Sessão solene
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Figuras políticas começam a chegar a São Bento

O primeiro-ministro já está no interior da Assembleia da República para a sessão solene evocativa dos 100 anos do nascimento de Mário Soares. Foi antecedido, na chegada, pelo antigo presidente da República Ramalho Eanes.
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Sessão solene evocativa
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Trabalhos com início marcado para as 11h00

A Assembleia da República evoca esta sexta-feira o histórico dirigente socialista Mário Soares. O modelo da sessão iguala aquele que assinalou o 25 de Novembro de 1975. Haverá honras militares e os trabalhos vão ser encerrados com uma intervenção do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

A principal diferença será o tratamento protocolar concedido aos dois filhos do antigo presidente da República, Isabel e João Soares.

O tempo reservado para os discursos dos representantes dos grupos parlamentares é o mesmo do 25 de Novembro - cinco minutos e 30 segundosl. O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, usa da palavra imediatamente antes do chefe de Estado e o hino nacional será tocado por duas ocasiões, no início e no cair do pano sobre a cerimónia.A Guarda de Honra, formada por um Batalhão da Guarda Nacional Republicana, com Estandarte Nacional, banda e fanfarra, vai estar no passeio diante da Assembleia da República a partir das 9h45.


Além dos titulares dos diferentes órgãos de soberania, foram convidados para a sessão representantes do corpo diplomático em Portugal, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a provedora de Justiça, os chefes dos ramos das Forças Armadas, os representantes da República para as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, os presidentes das assembleias legislativas e dos governos regionais, entre outros responsáveis.

Estão  também presentes figuras como os conselheiros de Estado, responsáveis pelos serviços e forças de segurança, assim como os presidentes do Conselho Económico e Social, da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, da Associação Nacional de Freguesias e o governador do Banco de Portugal.

Mário Soares, nascido há 100 anos, desempenhou os mais altos cargos no país. Fundou o PS depois de combater o regime do Estado Novo.
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Centenário de Mário Soares. Marcelo lembra Soares como lutador pela democracia

Foto: Fernando Veludo - Lusa

O presidente da República diz que a luta de Mário Soares pela liberdade e pela democracia não acabou. Para Marcelo Rebelo de Sousa não há uma Europa livre e democrática se for seduzida por projetos ou sonhos ditatoriais.

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por João Alexandre - Antena 1

"Ideário socialista não está a responder àquilo que é o mundo de hoje"

José Coelho - Lusa

O antigo consultor de Mário Soares na Presidência da República afirma que se está a perder muitos dos princípios pelos quais lutou o antigo chefe de Estado e fundador do PS, Mário Soares.

No dia em que o Parlamento assinala o centenário de nascimento de Mário Soares, com uma Sessão Solene Evocativa, a Antena 1 ouve Vítor Ramalho, que além de ter sido consultor da Casa Civil em Belém acompanhou o histórico socialista no único governo de bloco central da democracia portuguesa.

Vítor Ramalho defende ainda que o PS precisa de refletir e fala mesmo de uma queda do "ideário socialista" de outros tempos.

A Sessão Solene evocativa dos 100 anos do nascimento de Mário Soares, organizada pela Assembleia da República, arranca às 11h00 e pode ser ouvida em direto na Antena 1.

Além das intervenções dos partidos, conta também com discursos do presidente da Assembleia da República e do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que, a par de António Costa, também vai estar no sábado numa outra sessão de homenagem, mas na Fundação Calouste Gulbenkian.
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Mário Soares, uma das figuras mais populares em dez anos de Presidência

Foto: AFP

Mário Soares tornou-se numa das figuras mais populares nos dez anos em que foi presidente da República. Das presidências abertas ao confronto com o Governo de Cavaco Silva, Soares mantém ainda hoje um recorde eleitoral. Foi também protagonista da campanha eleitoral mais renhida da democracia.

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Mário Soares, cem anos de uma figura central do processo democrático

Foto: Rafael Marchante - Reuters

Esta semana assinalamos o centenário de Mário Soares, figura central da democracia que passou mais de metade da vida em ditadura. Mário Soares foi preso 12 vezes pela ditadura, deportado, e estava exilado quando aconteceu o 25 de Abril.

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Mário Soares. Três governos em períodos de crise económica

Este nome incontornável da história recente do país foi primeiro-ministro três vezes, sempre em períodos de crise económica. Em dois governos teve de chamar o FMI e liderou a adesão de Portugal à CEE.

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Mário Soares enfrentou várias questões nos conturbados tempos do PREC

Foto: Reuters

Após o 25 de Abril e já como líder do PS, Mário Soares enfrentou os conturbados tempos do PREC. Nessa altura assumiu-se como adversário da direita, mas também do PCP.

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Prémio Mário Soares. Parlamento distingue trabalhos informativos

O Parlamento vai criar um "Prémio Mário Soares". A iniciativa partiu do presidente da Assembleia da República e já foi apresentada aos líderes parlamentares.

Este novo prémio pretende reconhecer trabalhos informativos e pedagógicos que promovam a formação e o pensamento livre. Tem o valor de 25 mil euros.
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Centenário. PS homenageia Soares na revista Portugal Socialista

Foto: IMAGO piemags via Reuters

O Partido Socialista homenageia Mário Soares na nova edição da revista de reflexão política do partido, "Portugal Socialista".

Foi uma das primeiras iniciativas para assinalar o centenário do histórico líder socialista.
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