O Presidente do parlamento que este é o segundo político a ser homenageado na AR. O primeiro foi Sá Carneiro, em 1990, e era o próprio Soares presidente da República na altura.
Aguiar Branco lembrou as lutas de Soares, o sentido de humor, o "exacerbado sentido de Estado" e considerou que nunca foi homem de "contradições", considerando que ele se deslocava "em função do que achava ser o melhor para o país".
"Fez tudo para garantir o equílibro", afirmou, elogiando os esforços de Soares para conseguir o país que idealizava. "Sem inflexibilidades, sem intransigências", acrescentou o presidente da Assembleia da República.
Lembrou as palavras de Soares, aplicando-as ao contexto político atual, de que o Parlamento não podia ser o problema, "tem de ser a solução".
"Concordemos ou não, Soares nunca deixou de assumir todas as suas decisões e as consequências das mesmas", reiterou.
"Uma boa prática que foi caindo em desuso nos nossos tempos", considerou José Pedro Aguiar-Branco.
"É nossa responsabilidade preservar a capacidade de sentar todos na mesma sala para que se entendam nos seus desentendimentos, para que concordem discordando, para que sejam iguais nas suas diferenças. Preservar este seu legado não é uma questão de estima pessoal. É uma necessidade do próprio sistema político" desta nossa democracia, frisou.
"O que hoje discutimos já Soares tinha antecipado".
Foi aplaudido de pé pelo PS e PSD. Apenas o Chega não bateu palmas.